segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

Repetir os erros pode custar o seu amor.

Texto da Psicologa Juliana Amaral; gostei muito do texto e resolvi postar aqui!



Qualquer um que tenha vivido um relacionamento longo ou um namoro já não passou pela experiência de dar uma, duas, até seguidas chances ao parceiro em razão de um mesmo erro cometido? A grande maioria daqueles que viveu uma relação mais duradoura sabe do que se trata essa situação e já esteve no lugar de desculpar ou ser desculpado pelo erro cometido. 

Difícil encontrar alguém que não tenha uma história desse tipo para contar, um ressentimento para compartilhar. Alguém que não diga que pelo menos uma de suas relações terminou devido a essa situação. Pode ser que tenha sido a própria pessoa a motivadora do término, não conseguindo interromper o comportamento que incomodava ao outro, assim como pode ter sido aquele que sofreu pela impossibilidade do parceiro em perceber o desgaste que se produzia na relação. 

Inúmeros relacionamentos entre pessoas que se amam e que vivem algo bom, chegam à um sofrido impasse e muitas vezes dolorosas rupturas, exatamente por não conseguirem frear o ciclo vicioso do erro que tanto chateia aquele que se tem ao lado. Nem sempre isso ocorre intencionalmente ou por falta de amor pelo outro, muitas vezes ocorre por imaturidade ou por uma impossibilidade de compreender que para o companheiro, esse erro é uma falha grave, algo que magoa. 

Estar em uma relação requer sensibilidade e empatia com o outro. Amar é um dos componentes fundamentais, mas junto disso é necessário que se tenha a compreensão do que se passa dentro do outro, de como ele se sente, é necessário saber e querer ouvir. Se alguém aponta para algo que incomoda é mister estar atento e querer cuidar para evitar que esse ponto de desgaste se transforme em algo crônico entre o casal. 

Algumas vezes o erro repetido acontece por imaturidade ou inexperiência, geralmente entre casais mais jovens. Estes não conseguem, por exemplo, abrir mão de programas e passeios com amigos enquanto o namorado se sente excluído ou inseguro. Muitos términos acontecem por ser difícil conciliar a juventude com um namoro, o que exige maturidade nas decisões. 

Outras vezes, tratando-se de casais adultos, os erros acontecem por diferença na bagagem pessoal. Cada um com seus hábitos, valores e crenças, pode ser uma tarefa complexa para o casal, ajustar esses pontos distintos. Dos casais maduros espera-se mais tolerância, conversa, jogo de cintura, e ainda assim muitos não conseguem abrir mão de certos comportamentos. O desgaste novamente ocupa um lugar principal tirando, ou minando uma relação até então saudável e enriquecedora. 

Possivelmente o grande desafio dos casais é perceber que estar em uma relação é uma escolha e junto dela estão não só as alegrias, como também os aprendizados. Como em qualquer aprendizado é importante ter dedicação e interesse. O outro, aquele que está ao seu lado, é um mundo a ser explorado e descoberto, sobre o qual se tem muito a conhecer. Aprender sobre seu companheiro é um aprendizado, e por isso é fundamental o desejo pela escolha de tê-lo em sua vida. Se o companheiro aponta algo que incomoda, sugerindo modificações, é importante que se tenha pelo menos uma boa conversa sobre o assunto. Algumas vezes o que é pequeno e tolo para um, pode ser profundamente desagradável para o outro, daí a importância de trocar, falar e escutar. 

Insistir em uma postura rígida, sem espaço para mudanças e adaptações, pode ser visto e sentido pelo companheiro como desinteresse na relação, correndo o risco de atingir um ponto insustentável, onde a única saída é o final. Desse ponto em diante o arrependimento pouco pode fazer pelos casais, pois as mágoas e ressentimentos se acumularam. 

Para reduzir o risco de terminar um vínculo amoroso por essa razão busque praticar o respeito e a escuta. Procure saber como o outro se sente, fale sobre o que incomoda, ouça da melhor forma uma queixa e observe os sinais passados. Acima de tudo faça uso da maturidade, fazendo da relação uma troca de cuidados. 


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