E talvez isso apenas se repita todos os anos...
Ansiedade, realizar os exames, ficar triste por saber que a perda auditiva aumentou, ansiedade para a chegada do aparelho novo, chegada do novo aparelho (felicidade), fase de adaptação, acomodação..
E isso se repete desde 2012, mas acho que agora é diferente estou mais madura ou indiferente com minhas diferenças como queira achar! O fato é que agora estou mais próximo de mim tornar uma profissional, mais próximo de mim tornar independente... Independente?! Era nessa palavra que queria chegar. Ser independente não é apenas ganhar seu próprio dinheiro, pagar suas contas; ser independente é não depender do outro, se sentir seguro para fazer as coisas sozinho, se sentir capaz, completo na sua essência. Eu não me vejo assim, talvez esteja apenas usando minha perda auditiva como desculpa, mas acho que não. Não me sinto segura de andar por aí sozinha, de está num meio de desconhecidos, tenho medo... Medo de não escutar alguém que me chama, de não consegui me adaptar ao meio porque as pessoas não entendem minhas limitações, medo de ficar por fora de uma conversa porque ainda não me adaptei a voz ou a leitura labial de certo grupo. A vida adulta me chama, e isso me assusta porque nunca estive tão perto dela. Agora sei que não é apenas perda auditiva moderada que tenho no ouvido esquerdo, sei que a minha classificação é outra; PERDA AUDITIVA PROFUNDA NO O.E. Mais um motivo pra mim assustar? ou mais um motivo pra querer seguir em frente e fazer o melhor?
Eu fico com a primeira opção por enquanto, e assumo que não estou preparada pra ouvir os resultados dos exames do ano que vem.
